Noto 1

O tibetano, um exemplo

Ao começar com uma nova escrita, se eu não estivesse familiarizado com ela, eu recolhia o máximo de informações sobre ela. Na etapa seguinte, olhava para o estilo. Nós basicamente mergulhavamos o melhor possível dentro dessa cultura e tentavamos produzir algo que fosse aceitável e agradável para ela. Se não o fizéssemos, corríamos o risco de alienar o grupo de pessoas que usam essa escrita.

O tibetano não tem tradição tipográfica alguma. O pouco que tem sido feito na tipografia tibetana nas últimas duas décadas é inteiramente baseado na cópia do estilo caligráfico. Para o Noto Tibetano tivemos a colaboração de um mosteiro, o que nos deu acesso a monges tibetanos que fizeram uma revisão das nossas propostas. Basicamente, o seu desenho teve de passar por uma espécie de exame para que estivesse à altura dos padrões que se exigiam. O designer neste projeto foi Toshi Omagari. Basicamente, ele quis aprender bastante sobre a tradição da caligrafia e sobre o seu aspeto. De facto, ao aprender as várias tradições caligráficas, ele foi capaz de produzir um tipo de letra que parecia contemporâneo mas ao mesmo tempo agradável aos olhos dos conhecedores.



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